segunda-feira, 13 de outubro de 2008

“Requiem for a dream” – análise/crítica

“Requiem for a dream” é considerado um drama do ano 2000, dirigido por Darren Aronofsky, centrado na descrição de diferentes tipos de vícios, que acabam por conduzir os personagens à entrada num mundo ideal, que é mais tarde devastado pela cruel realidade. Trata-se de uma história moderna, onde se cruzam vivências paralelas de quatro pessoas que decidem procurar uma vida melhor, mas que rapidamente descobrem que será difícil atingir esse objectivo, recusando-se a desistir mesmo quando o destino lhes prega as mais graves partidas.
Neste filme, torna-se bastante perceptível a utilização de montagens de cenas extremamente curtas, apresentando mais de dois mil cortes. Para além desta característica de montagem, é ainda de salientar um outro recurso: a divisão da tela, que confere, juntamente com o curto período de cada cena, um maior dinamismo ao filme. As cenas intensas alternam rapidamente, sendo acompanhadas por uma banda sonora cada vez mais intensa.
“Requiem for a dream” é considerado um dos filmes mais perturbadores sobre o mundo dos viciados. Uma obra totalmente dependente do grafismo e da banda sonora. Um filme que provoca no espectador uma espécie de desconforto face às sensações, sentimentos e angústias vividas pelas personagens. E é esse o seu maior triunfo, levar-nos ao limite.

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